Acordo tarifário entre Reino Unido e EUA: carros, aço e carne bovina
Getty ImagesO Reino Unido e os EUA chegaram a um acordo sobre tarifas em alguns bens negociados entre os países.
O cobertor do presidente Donald Trump a 10% de tarifas sobre importações de países de todo o mundo ainda se aplica à maioria dos produtos do Reino Unido que entram nos EUA.
Mas o acordo reduziu ou removeu tarifas em algumas das exportações do Reino Unido, incluindo carros, aço e alumínio.
Aqui está uma olhada no que está no negócio.
Este não é um acordo comercial
Trump declarou nas mídias sociais que este anúncio seria um “grande acordo comercial” – não é.
Ele não tem autoridade para assinar o tipo de contrato de livre comércio e o Reino Unido finalizado no início desta semana – isso está no Congresso.
O Congresso precisaria aprovar um acordo comercial, que levaria mais tempo do que a pausa de 90 dias em algumas das tarifas de Trump.
Este é um acordo que reverteu ou cortou algumas dessas tarifas em bens específicos.
É apenas os ossos nus de um acordo estreito, haverá meses de negociações e documentação legal a seguir.
Tarifas de carro cortam para 10%
Trump colocou impostos de importação de 25% em carros e peças de carros entrando nos EUA em cima dos 2,5% existentes.
Isso foi reduzido para 10% para um máximo de 100.000 carros do Reino Unido, que correspondem ao número de carros que o Reino Unido exportou no ano passado.
Mas todos os carros exportados acima dessa cota estarão sujeitos a um imposto de importação de 27,5%.
Os carros são a maior exportação do Reino Unido para os EUA – no valor de cerca de £ 9 bilhões no ano passado.
A Jaguar Land Rover, que exporta quase um quarto de seus carros para os EUA, disse que o acordo “garante maior certeza para o nosso setor”.
Mas os líderes da indústria automobilística disseram à BBC que a cota poderia efetivamente colocar um teto no número que eles podem exportar competitivamente.
Atualmente, o Reino Unido impõe uma taxa de 10% às importações de carros dos EUA, mas não está claro se há alguma alteração nisso.
Os EUA exigiram anteriormente que o imposto fosse reduzido para 2,5%, e a chanceler Rachel Reeves indicou que está aberta a esse corte.
Trump também anunciou que os motores da Rolls-Royce e as peças de avião poderão ser exportadas do Reino Unido para os EUA sem tarifas.
Sem tarifas em aço e alumínio
Uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio nos EUA que entrou em vigor em março foi descartada.
Esta é uma boa notícia para empresas como a British Steel, que foi controlada pelo controle do governo, enquanto lutava para permanecer operacional.
No entanto, a Casa Branca disse que imporia uma cota às “taxas nacionais mais favorecidas para o aço e alumínio do Reino Unido e certos produtos derivados de aço e alumínio”.
Atualmente, não está claro quanto desses produtos o Reino Unido poderá exportar para os EUA sob este sistema de cotas sem pagar mais.
Também não está claro se a demolição de tarifas se aplicará a produtos derivativos de aço e se apenas o aço derretido e derramado no Reino Unido se beneficiarão.
O Reino Unido exporta uma quantidade relativamente pequena de aço e alumínio para os EUA, cerca de £ 700 milhões no total.
No entanto, as tarifas também cobrem produtos feitos com aço e alumínio, incluindo coisas como equipamentos de ginástica, móveis e máquinas.
Vale muito mais, cerca de £ 2,2 bilhões ou cerca de 5% das exportações do Reino Unido para os EUA no ano passado.
O corpo da indústria Steel UK disse que havia “vários aros para pular antes que o setor de aço do Reino Unido possa ver os benefícios deste acordo”.
Ele disse que as empresas precisavam saber quais condições da cadeia de suprimentos precisam ser atendidas, quais são as cotas e quando entram em vigor.
Farmacêuticos ainda são o grande desconhecido
O que será acordado em produtos farmacêuticos ainda é desconhecido com o Reino Unido, dizendo que o trabalho continuaria nisso e nas tarifas recíprocas restantes.
Os EUA disseram que os dois países “negociariam prontamente resultados significativamente preferenciais de tratamento em produtos farmacêuticos”.
Os produtos farmacêuticos são uma grande exportação para o Reino Unido quando se trata do comércio dos EUA-no ano passado, as vendas desses produtos valiam 6,6 bilhões de libras, tornando-o a segunda maior exportação do Reino Unido para os EUA.
É também a quarta maior exportação da América para o Reino Unido, avaliada em £ 4 bilhões no ano passado.
A maioria dos países, incluindo os EUA, impôs poucas ou nenhuma tarifas a medicamentos acabados, como parte de um acordo destinado a manter os medicamentos acessíveis.
O presidente ainda não anunciou nenhuma restrição comercial aos medicamentos.
Sem alteração no imposto sobre serviços digitais
Não houve alteração no imposto de serviços digitais de 2% do Reino Unido neste acordo e parece ser um ponto de discórdia.
As empresas que administram mídias sociais, mecanismos de pesquisa ou mercados on -line precisam pagar se receberem mais de £ 500 milhões em receitas globais e 25 milhões de libras dos usuários do Reino Unido anualmente.
Mas esse limiar é facilmente atingido por gigantes de tecnologia dos EUA como Meta, Google, Apple.
O Reino Unido supostamente ganhou quase 360 milhões de libras das empresas de tecnologia americana por meio do imposto em seu primeiro ano.
O governo do Reino Unido disse que “concordou em trabalhar em um acordo comercial digital”.
Mas o governo dos EUA disse que estava “decepcionado que o Reino Unido não estava disposto a concordar em resolver completamente o imposto.
“É discriminatório, injustificado e deve ser removido prontamente”, afirmou.
Nenhuma gota aos padrões alimentares
As exportações de carne bovina dos EUA para o Reino Unido estavam sujeitas a uma tarifa de 20% em uma cota de 1.000 toneladas. O Reino Unido descartou essa tarifa e elevou a cota para 13.000 toneladas métricas, de acordo com o documento da Casa Branca.
Em troca, o Reino Unido recebeu a mesma cota a uma taxa mais baixa de acordo com outros países.
Fundamentalmente, não haverá enfraquecimento dos padrões alimentares do Reino Unido nas importações como parte deste acordo, disse o comunicado do governo do Reino Unido, disse, insistindo que a carne tratada com hormônios americanos não se infiltre no mercado do Reino Unido.
Muitos agricultores americanos usam hormônios de crescimento como parte padrão de sua produção de carne bovina, algo que foi banido no Reino Unido e na União Europeia na década de 1980.
Os EUA já haviam pressionado para um relaxamento de regras para seus produtos agrícolas, incluindo carne bovina de gado que receberam hormônios de crescimento.
Esta é uma área em que o Reino Unido escolheu o alinhamento com a UE – e a próxima “redefinição do Brexit” com a UE – sobre os EUA.
A tarifa sobre etanol que entra no Reino Unido dos EUA também foi descartada.
A União Nacional dos Agricultores disse que a inclusão de “um volume significativo de bioetanol [a renewable fuel made from crops] No acordo, levanta preocupações para os agricultores aráveis britânicos “.
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