Fusão Petz e Cobasi

Fusão Petz e Cobasi


A aprovação da nova empresa formada pela fusão ainda pode ser revista pelo Tribunal do Cade, caso algum terceiro interessado ou algum membro do próprio tribunal decida apresentar recurso contra a decisão. Esse pedido precisa ser feito em até 15 dias corridos.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, na segunda-feira (2) a fusão entre as duas maiores redes de varejo de produtos e serviços para animais de estimação: Petz e Cobasi.

A união das duas empresas dará origem à maior companhia do setor no Brasil (veja mais abaixo). Segundo o Cade, a fusão não representa riscos à concorrência.

A Petz divulgou a informação nesta terça-feira (3). Com a notícia, as ações da Petz tinham forte alta na sessão, avançando mais de 3% perto do meio-dia. Os papéis da companhia ficam sob o ticker “PETZ3” na bolsa de valores brasileira.

Segundo a Petz, a aprovação da nova empresa formada pela fusão ainda pode ser revista pelo Tribunal do Cade, caso algum terceiro interessado ou algum membro do próprio tribunal decida apresentar recurso contra a decisão. Esse pedido precisa ser feito em até 15 dias corridos.

“Na ausência de recurso do terceiro interessado ou de avocação pelo Tribunal do Cade nesse prazo, a decisão de aprovação da Superintendência-geral torna-se definitiva”, informou a Petz em comunicado oficial.

Se a fusão for confirmada, os atuais acionistas da Petz e da Cobasi ficarão com, respectivamente, 52,65% e 47,4% da nova empresa. Com isso, a Petz se tornará uma subsidiária integral da Cobasi.
A expectativa é que a nova companhia, se aprovada, alcance uma receita bruta de R$ 7 bilhões, com cerca de 11% de participação de mercado, 494 lojas em mais de 140 cidades e 20 marcas próprias de produtos.

Em abril deste ano, o Cade autorizou a Petlove — terceira maior varejista do setor pet no Brasil — a participar como “terceira interessada” no processo de fusão entre Petz e Cobasi.

Segundo o Cade, a Petlove se apresenta como um ecossistema completo de soluções para pets e afirma concorrer, em certa medida, com Petz e Cobasi — tanto nas lojas físicas quanto em clínicas e serviços veterinários.

Na época, a Petlove também argumentou que a fusão tem um “racional anticompetitivo” e pode prejudicar a concorrência no mercado pet brasileiro.

Com isso, a Petlove ainda pode recorrer da decisão da Superintendência-Geral e pedir que o caso seja analisado pelo Tribunal do Cade. Se decidir seguir por esse caminho, a empresa tem até 15 dias corridos, contados a partir de segunda-feira (2), para apresentar o recurso.

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