Plano de R$ 23 bilhões impulsiona uso de inteligência artificial no setor público brasileiro

ÚLTIMAS

Plano de R$ 23 bilhões impulsiona uso de inteligência artificial no setor público brasileiro

O Brasil deu um passo transformador nesta segunda-feira (12/05/25), ao formalizar a criação do Grupo de Trabalho (GT) que liderará a execução do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Publicada no Diário Oficial da União, essa medida representa mais do que um marco administrativo – é um chamado para revolucionar o futuro do país. Com um investimento de R$ 23 bilhões em quatro anos, o objetivo é claro: tornar o Brasil uma referência global no uso estratégico da inteligência artificial, especialmente em benefício das políticas públicas.

Lançado durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o PBIA surgiu como uma visão audaciosa de progresso. Entre suas metas está a modernização tecnológica de setores essenciais, o desenvolvimento de processadores nacionais de alto desempenho e a atualização do supercomputador do Laboratório Nacional de Computação Científica – que, movido por energia renovável, almeja se posicionar entre os cinco mais potentes do planeta. É o Brasil se colocando no mapa da inovação global.

O GT, composto por representantes de 15 órgãos e entidades, incluindo os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, Casa Civil, Fazenda, Educação e Justiça, terá um papel estratégico. Durante os próximos quatro anos, monitorará a execução do plano, proporá ajustes e apresentará relatórios anuais ao Comitê Interministerial para a Transformação Digital (CITDigital). Mais do que um grupo técnico, é uma força colaborativa que reflete a ambição de um país que busca crescer com inteligência, planejamento e ética.

Para ampliar horizontes, o plano abre espaço para subgrupos técnicos e a colaboração de especialistas externos, incluindo a sociedade civil. Essa união de saberes é a essência de uma construção coletiva – um projeto que não apenas implementa tecnologia, mas também transforma vidas, promovendo soluções que fazem a diferença no cotidiano dos brasileiros.

A corrida global pela liderança em IA: a posição brasileira

Enquanto o Brasil avança, o mundo já se movimenta em alta velocidade. Estados Unidos e China disputam a liderança global em inteligência artificial, com investimentos bilionários que envolvem gigantes como OpenAI, Google e Amazon, além de estratégias governamentais robustas. A União Europeia, por sua vez, aposta na inovação ética e em marcos regulatórios que moldem o futuro digital.

O PBIA é a resposta brasileira a esse cenário competitivo. Apesar de recursos ainda modestos em relação às grandes potências, o foco estratégico no setor público pode ser o trunfo do Brasil – uma abordagem que prioriza impacto direto na vida das pessoas, promovendo inovação e modernidade nos serviços públicos.

IA como alavanca para um setor público mais eficiente

A visão do PBIA é ampla e inspiradora. Com a união de vários ministérios, a inteligência artificial se tornará uma ferramenta poderosa para otimizar serviços e resolver desafios históricos. No Ministério da Fazenda, por exemplo, a IA pode revolucionar o combate a fraudes fiscais e acelerar auditorias, enquanto no Ministério da Educação, pode personalizar o ensino e combater a evasão escolar com eficiência inédita.

Na saúde, as possibilidades são igualmente promissoras. Imagine um SUS que utiliza algoritmos para prever surtos, organizar filas e realizar triagens automáticas, garantindo atendimento mais rápido e eficaz. Na segurança pública, a tecnologia pode prever crimes, identificar padrões e até localizar pessoas desaparecidas, tudo com precisão e respeito aos direitos humanos.

Além disso, a presença de instituições como Capes e CNPq no projeto fortalece o elo entre pesquisa, inovação e aplicação prática. Universidades e startups podem ser o motor desse movimento, criando soluções que não apenas modernizam o Brasil, mas o posicionam como protagonista no cenário global.

Publicar comentário