
Câmara de Vereadores aprova reajuste salarial dos servidores municipais de Blumenau
Na sessão ordinária desta terça-feira (13), os vereadores de Blumenau aprovaram, em redação final, o projeto de lei que promove um reajuste no salário e no auxílio-alimentação dos servidores públicos municipais, mas a decisão está longe de atender às expectativas da categoria.
A proposta prevê um aumento de apenas 5,32%, correspondente à variação do INPC, índice que apenas corrige a inflação, sem qualquer ganho real. Esse reajuste será aplicado somente na folha de pagamento de maio de 2025, enquanto o aumento no auxílio-alimentação só será sentido em dezembro de 2025, quando alcançará R$ 1.141,56 mensais. Ou seja, os servidores terão de esperar mais de dois anos para ver um benefício que mal acompanha o custo de vida crescente.
O projeto foi encaminhado pelo prefeito Egídio Ferrari na segunda-feira (12) e aprovado por unanimidade pelos vereadores. No entanto, os parlamentares Gilson de Souza (União Brasil), Jean Volpato (PT) e Adriano Pereira (PT) não deixaram de destacar o óbvio: não houve aumento real nos salários, apenas uma correção inflacionária e uma promessa de melhoria no auxílio-alimentação para o final de 2025. É inaceitável que o governo trate isso como uma conquista para os servidores.
Enquanto isso, o líder do governo na Câmara, vereador Flávio Linhares (PL), tentou minimizar as críticas, argumentando que o reajuste foi concedido de forma integral e sem parcelamento. Porém, esse discurso não esconde o fato de que o aumento real se limita ao auxílio-alimentação, e ainda assim, só ocorrerá no fim do ano, quando o impacto da inflação já terá corroído boa parte desse benefício.
Para piorar, o texto do projeto menciona que o diálogo com o Sintraseb, sindicato que representa os servidores, continuará através da Mesa de Negociação Permanente. No entanto, é difícil acreditar que essa “negociação” trará avanços concretos, considerando o histórico de decisões que mal atendem as reivindicações da categoria. Mais uma vez, os servidores públicos de Blumenau ficam à mercê de promessas e medidas paliativas, enquanto enfrentam o peso real do aumento no custo de vida.
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