“A CPI já nasceu morta”, diz Ivan Naatz sobre investigação do contrato de esgoto na Câmara de Blumenau

“A CPI já nasceu morta”, diz Ivan Naatz sobre investigação do contrato de esgoto na Câmara de Blumenau

Foto: Alesc

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) é um especialista em CPI e um profundo conhecedor do contrato do saneamento básico assinado em Blumenau em 2010. Escreveu um livro sobre o assunto, tentou criar uma CPI quando era vereador e, quando deputado, foi autor da CPI dos Respiradores, que virou outro livro.

Nesta sexta-feira, ele procurou o Informe para dar sua opinião sobre o requerimento protocolado pelo vereador Diego Nasato (Novo), para a criação da CPI do contrato do esgoto em Blumenau.

“A CPI já nasceu morta porque a base foi instruída a chegar num resultado já conhecido”, explicando o que entende sobre o funcionamento dessas comissões.

“As CPIs só funcionam se houver dois fatores inseridos no processo: capacidade postulatoria (saber o que estão fazendo e onde querem chegar)  e  equilíbrio de força política entre situação e oposição.
Sem isso, é só marketing e convalidação”, afirmou o deputado.

Segue o deputado. “O caminho da Câmara, se ela verdadeiramente pretendesse fazer algo, seria aprovar um decreto legislativo suspendendo os efeitos do termo aditivo, aíi sim a gente saberia quem é quem”, afirma Naatz.

Ainda nem é certo que a CPI saia do papel – a Procuradoria Jurídica da Câmara precisa dar seu parecer -, mas já se sente um cheiro de pizza, apesar do desgaste político que pode acontecer para algumas lideranças importantes de Blumenau. Os últimos quatro prefeitos, incluindo o atual, têm algum tipo de responsabilidade, pois eram os gestores do contrato.

Por isso, a preocupação da administração municipal de tentar uma base sólida nesta comissão. Dos cinco membros cogitados para compor a CPI, apenas Diego Nasato, o proponente, é considerado de oposição neste debate.

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