SC evolui humanização no Central de Vagas do Sistema Socioeducativo para adolescentes

SC evolui humanização no Central de Vagas do Sistema Socioeducativo para adolescentes

Uma resolução conjunta foi assinada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Poder Judiciário, Governo do Estado e diversas instituições, com o objetivo de aprimorar a Central de Vagas do Sistema Socioeducativo em Santa Catarina. Essa iniciativa regulamenta a gestão e coordenação das vagas nas unidades de internação, semiliberdade e internação provisória de adolescentes, promovendo avanços na humanização do atendimento, integração institucional e desenvolvimento de políticas públicas para adolescentes em conflito com a lei.

O ato oficial ocorreu em uma solenidade no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em Florianópolis, na tarde de quinta-feira (22), ocasião em que foi assinada a Resolução Conjunta Interinstitucional nº 02/2025. O documento regulamenta a Central de Vagas, criada inicialmente em 2017, e contou com a assinatura de representantes do Poder Executivo, Poder Judiciário, MPSC, Defensoria Pública, Secretaria de Estado da Casa Civil, Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social, Secretaria de Estado da Segurança Pública, Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A Central de Vagas tem a finalidade de garantir uma gestão eficiente, padronizada e qualificada das vagas disponíveis nas unidades socioeducativas, observando os limites de capacidade e assegurando que o ingresso de adolescentes e jovens ocorra somente mediante ordem judicial.

A resolução estabelece procedimentos operacionais, administrativos e judiciais para o ingresso e transferência de adolescentes cumprindo medidas socioeducativas de internação provisória, internação, semiliberdade e internação-sanção. Entre os pontos destacados estão o fortalecimento da socioeducação, a preservação da integridade física e mental dos adolescentes, a preferência pela permanência em unidades próximas ao domicílio familiar e a inclusão em programas de meio aberto quando não houver vagas em regimes de internação ou semiliberdade. A transparência e atualização contínua de dados sobre a ocupação das unidades também são garantidas. Atualmente, Santa Catarina possui 20 unidades socioeducativas, atendendo cerca de 350 adolescentes em regimes de semiliberdade e internação. A reformulação assegura ainda a proteção dos dados pessoais dos adolescentes e familiares, além da separação adequada das vagas por modalidade e gênero.

A Procuradora-Geral de Justiça do MPSC, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, destacou a relevância do momento, ressaltando a colaboração entre instituições em benefício da sociedade catarinense. Segundo ela, o documento normativo define requisitos e princípios que orientam a distribuição de vagas e a execução das medidas socioeducativas em todo o estado, além de possibilitar a produção de dados essenciais para futuras políticas públicas alinhadas à realidade do sistema socioeducativo.

A Vice-Governadora, Marilisa Boehm, enfatizou que o ato representa mais que um avanço administrativo, mas um compromisso coletivo. Ela afirmou que as decisões serão tomadas com atenção aos direitos humanos, respeitando limites de capacidade, garantindo a separação adequada das vagas e evitando práticas que possam comprometer a integridade física e emocional dos jovens.

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