Peugeot e Citroën vendem pouco no Brasil por ‘razões históricas’, diz o presidente da Stellantis

Peugeot e Citroën vendem pouco no Brasil por ‘razões históricas’, diz o presidente da Stellantis


Emanuele Cappellano, chefe do grupo para a América do Sul, diz que consumidores ainda não sabem que marcas francesas agora compartilham a mecânica com modelos da Fiat e Jeep, e que mudança ‘é uma questão de tempo’.

Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, admitiu que Citroën e Peugeot deixaram de figurar entre as marcas mais desejadas e com maior volume de vendas no Brasil.

Desde 2022, ano em que a Peugeot ocupou a 10ª colocação, ambas as marcas deixaram de figurar entre as 10 mais vendidas no país.

De acordo com dados da Fenabrave entre janeiro e maio deste ano, a Citroën foi a mais bem posicionada, com 15.871 unidades emplacadas, ocupando o 12º lugar no ranking nacional de vendas por marca. A Peugeot ficou na 14ª posição, com 9.166 veículos vendidos.

Ambas estão atrás da chinesa BYD, especializada em carros elétricos e híbridos, que emplacou 39.018 unidades no mesmo período — um volume 55,8% superior à soma das vendas de Peugeot e Citroën.
Cappellano ressalta que questões históricas e a escassez de lançamentos recentes têm dificultado o desempenho das marcas no mercado brasileiro.

“Existe, claramente, uma visibilidade de marca que tem razões históricas. São marcas que têm uma presença menor, na consistência de lançamentos de produtos, mas a oferta para o cliente vai criar também um crescimento para essas marcas”, aponta o executivo.

Ele menciona os lançamentos recentes dos modelos Peugeot 208, 2008 e do Citroën Basalt.
A estratégia busca superar a imagem negativa que as marcas francesas adquiriram no Brasil durante a gestão da PSA, antes da fusão com a FCA e da criação da Stellantis — conglomerado que hoje reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM.

A maioria dos consumidores ainda desconhece que os veículos das marcas francesas utilizam o mesmo conjunto mecânico dos modelos da Fiat e Jeep. Mas Cappellano tem esperança: “é uma questão de tempo”.

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